É difícil aceitar algumas tendências da filosofia moderna, mas com uma delas hoje eu vou ter de concordar. Sinto o mais profundo da ‘contingência’ do meu ser.
Sei que essa minhas idéias logo hão de passar, mas hoje tenho que escancarar a porta que levarão vós todos ao altar da minha imagem mórbida. Estou lá, nadificando-me. Percebendo que em nada mudei, e nem vós mudaram. A luta foi em vão.
São tantos investimentos: dôo meu sangue, leio livros complicados, pago impostos, acredito no comunismo, rezo em Igrejas, ando por ruas novas, acredito em novas amizades, mas não, o mundo não muda!
Os existencialistas bem sabem o que é isso. É a minha considerada ‘nadificação do ser’, tô metornando um nada. Sentindo-me contingente a tudo e a todos. É claro, parte disso deve-se ao sistema em que vivo, totalmente descartável e utilitarista, do qual nenhum sobrevivente pode escapar. Sou em parte importantes sim,mas só no momento em que fiz vossos impérios particulares se sustentares. Somente quando vós, homens da famosa ‘terra de Gigantes’, são condecorados, ou quando enfeito as ruas de vosso império. Quando promovo o ‘bem ou o bom’.
Que foda! E é proposital esse ‘foda’ hoje. Não sou de usar de palavras de calão. Mas hoje, quero quebrar protocolos, rasgar contratos, queimar bandeiras. Quero ser preso em cadeia por desacato, por infligir toda a vossa regra do jogo.
Soa com ironia a pergunta de Humberto “Quem são eles? Quem eles pensam que são?” É por esse motivo que prefiro ser mantido em cativeiro. Assim afasto-me da vossa passividade cruel,em pleno ativismo daí de fora. Hoje eu sei que nada que venha da natureza humana me basta. Assim como não basto a nenhum de natureza humana. Hoje determino que vós homens, que carregam cada um seu império; que defendem seus interesses medíocres, que desenham imagens coloridas por cima de cinzas (e não fazem isso para pacificar vossas consciência, mas sim o fazem por se envergonhar das brasas que agora ainda queimaram do meu jardim) Vós homens são soberbos demais. Eu fui por vós, mas vós não fostes por mim. Determino que hoje eu sou somente meu. Não pertenço mais aos vossos sonhos.
Não quero usar de exemplos, nem mesmo de metáforas. O que desejo escrever agora é algo muito maior do que qualquer figura. Escrevo com meu sangue cada linha, e quero ser sucinto.
A pobreza é minha companheira, só mesmo a ela que vós me abandonastes. Estou na mais exata solidão, com paupérrimos momentos de sono sem sonhos. Empobreci-me no altar da minha criação. Sou sacrifício vivo da tristeza.
E hoje, ‘hoje a tristeza não é passageira, hoje eu fiquei com febre a tarde inteira’.
Cante pra mim uma canção pra eu viver mais. Escapem vós homens rígidos, dessas corriqueiras preocupações. Cante pra mim uma canção. Coloque fotos nossas em vossos armários, leia meus escritos com ‘olhos exuperyanos’.
Pronto travei. Acho que era até aqui que queria chegar mesmo. Acho corajoso um homem como eu tirar armaduras contra todos esses sistemas e estampar essas minhas dores, minhas feridas. Publicamente.
Quem tiver ouvidos ouça. Quem tiver olhos veja. Desejo a vós que um dia descubram o que é viver mais.
Sei que essa minhas idéias logo hão de passar, mas hoje tenho que escancarar a porta que levarão vós todos ao altar da minha imagem mórbida. Estou lá, nadificando-me. Percebendo que em nada mudei, e nem vós mudaram. A luta foi em vão.
São tantos investimentos: dôo meu sangue, leio livros complicados, pago impostos, acredito no comunismo, rezo em Igrejas, ando por ruas novas, acredito em novas amizades, mas não, o mundo não muda!
Os existencialistas bem sabem o que é isso. É a minha considerada ‘nadificação do ser’, tô metornando um nada. Sentindo-me contingente a tudo e a todos. É claro, parte disso deve-se ao sistema em que vivo, totalmente descartável e utilitarista, do qual nenhum sobrevivente pode escapar. Sou em parte importantes sim,mas só no momento em que fiz vossos impérios particulares se sustentares. Somente quando vós, homens da famosa ‘terra de Gigantes’, são condecorados, ou quando enfeito as ruas de vosso império. Quando promovo o ‘bem ou o bom’.
Que foda! E é proposital esse ‘foda’ hoje. Não sou de usar de palavras de calão. Mas hoje, quero quebrar protocolos, rasgar contratos, queimar bandeiras. Quero ser preso em cadeia por desacato, por infligir toda a vossa regra do jogo.
Soa com ironia a pergunta de Humberto “Quem são eles? Quem eles pensam que são?” É por esse motivo que prefiro ser mantido em cativeiro. Assim afasto-me da vossa passividade cruel,em pleno ativismo daí de fora. Hoje eu sei que nada que venha da natureza humana me basta. Assim como não basto a nenhum de natureza humana. Hoje determino que vós homens, que carregam cada um seu império; que defendem seus interesses medíocres, que desenham imagens coloridas por cima de cinzas (e não fazem isso para pacificar vossas consciência, mas sim o fazem por se envergonhar das brasas que agora ainda queimaram do meu jardim) Vós homens são soberbos demais. Eu fui por vós, mas vós não fostes por mim. Determino que hoje eu sou somente meu. Não pertenço mais aos vossos sonhos.
Não quero usar de exemplos, nem mesmo de metáforas. O que desejo escrever agora é algo muito maior do que qualquer figura. Escrevo com meu sangue cada linha, e quero ser sucinto.
A pobreza é minha companheira, só mesmo a ela que vós me abandonastes. Estou na mais exata solidão, com paupérrimos momentos de sono sem sonhos. Empobreci-me no altar da minha criação. Sou sacrifício vivo da tristeza.
E hoje, ‘hoje a tristeza não é passageira, hoje eu fiquei com febre a tarde inteira’.
Cante pra mim uma canção pra eu viver mais. Escapem vós homens rígidos, dessas corriqueiras preocupações. Cante pra mim uma canção. Coloque fotos nossas em vossos armários, leia meus escritos com ‘olhos exuperyanos’.
Pronto travei. Acho que era até aqui que queria chegar mesmo. Acho corajoso um homem como eu tirar armaduras contra todos esses sistemas e estampar essas minhas dores, minhas feridas. Publicamente.
Quem tiver ouvidos ouça. Quem tiver olhos veja. Desejo a vós que um dia descubram o que é viver mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário