Esta poesia estava guardada, e agora, não consigo ver momento mais exato de publicá-la aqui no meu blog, do que esse. Chega a ser tão propício que começo a acreditar que vivi a alguns anos atrás sussurrando ao pé do ouvido dessa moça. Nada mais hoje, caros amigos, pode significar a minha vida, como esses versos de Cecília Meireles. "Eis a vida que devia ter sido e não foi!"
Humildade
Tanto que fazer!
livros que não se lêem, cartas que não se escrevem
línguas que não se aprendem, amor que não se dá,
tudo quanto se esquece.
Amigos entre adeuses,crianças chorando na tempestade,
cidadão assinando papéis, papéis, papéis...
até o fim do mundo assinando papéis.
E os pássaros detrás de grades de chuvas,
e os mortos em redoma de cânfora.
(E uma canção tão bela!)
tanto que fazer!
E fizemos apenas isto.
E nunca soubemos quem éramos
Nem para quê.
Cecília Meireles
Humildade
Tanto que fazer!
livros que não se lêem, cartas que não se escrevem
línguas que não se aprendem, amor que não se dá,
tudo quanto se esquece.
Amigos entre adeuses,crianças chorando na tempestade,
cidadão assinando papéis, papéis, papéis...
até o fim do mundo assinando papéis.
E os pássaros detrás de grades de chuvas,
e os mortos em redoma de cânfora.
(E uma canção tão bela!)
tanto que fazer!
E fizemos apenas isto.
E nunca soubemos quem éramos
Nem para quê.
Cecília Meireles
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