quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

"DAQUI PRO FUTURO"

2008. Sim. E é inevitável. Estou vivo. Mais cansado, mais vivido, menos saudável.
Com inspiração e transpiração, como diria outrora o Pessoa. Mas, afinal, o que aconteceu?
Vivi o meu dezembro, o meu natal, o natal de Deus.
Escrever agora seria insano e incerto. Minhas idéias transmutam, transcendem. E sei que devo escrever. É minha tinta e minha pena que sentiram a minha falta, e empoeiraram-se em dor e em lamento. E sabem que nada vai permanecer no estado que está. É por confiar em minha tinta e minha pena que escrevo. Minha tinta quer ser letra, minha pena quer ser espátula que esculpe. E assim, dias sim, dias não eu vou sobrevivendo sem um arranhão.

"É tenho anjos pra confidenciar minhas rubricas mais escuras,
tenho ruas com paredes azuis,
tenho soldados que brindam a nova farda,
tenho pedras do tamanho de castelos,
devo ainda cantar em melodias sem bemóis,
dançar sem seguir passos contados,
e ter certezas de que não terei flor bela que me espanque,
de que o outro sempre é demasiado grande pra minha mente.
E Mente.
É tenho um ano, um tempo, um epaço.
E só pentencerei ao aqui e ao agora
daqui pro futuro"

Pena minha, qual é o idioma? Qual será a letra? Quem fará a tradução?
Pena minha, onde estará o parágrafo? A junção de idéias?
Pena minha...Pena minha...

"Têm pena d'eu meu Deus!"

Uma manjedoura:(?)
- Hum...acho que vou dormir um pouco mais...

E assim, daqui pro futuro sou uma pergunta!

Nenhum comentário: