Mas são tantas perguntas que brotaram que já não sei como respirar. Foi cutucão da terapeuta, do poeta, da amiga e por fim do meu espelho. O tempo urge e com ele se vai toda minha última melodia. Já não sei mais nada, nem contar, nem duvidar, nem chorar.
O que é a dor? Alguém me responda:
O que é a dor? Alguém me responda:
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“A saudade é um meio, ou um fim?”
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Será isso que me pergunto frente ao Zaratustra que vejo em mim "será possível que este homem santo não saiba que deus morreu?"
Não tenho festa, não tenho minas, a festa acabou e minas não há mais.
Um silêncio triunfante tenta me sucumbir e consegue. E não há música nenhuma que possa me fazer bem. De todos os meus discos nenhum cantará minha canção, de todos os meus livros, nenhum contará minha história. Essa paz que incomoda, são poucos que sente. E quando sentem, querem um chacoalhão, querem um convite pra um carrossel, querem brincar de rouba bandeiras, querem uma mísera que seja provocação. Mas, não! Só tenho moscas em casas.
E um quarto do tamanho que não sei medir.
Meu primeiro contato com Fernando Pessoa, foi com um livro que ganhei um tempo atrás. E o que mais me comoveu foi o emprego do termos ‘fósforo frio’. Veja eu, homem feito, desfazendo-me por me perceber como um ‘fósforo frio’. Na época, não me senti tão sozinho no mundo. Ou no cosmos. Aliás, foi aí que descobri o que era ‘cosmos’, antes era tudo ‘cáos’. Ao ler o Pessoa, uma possível simetria entrou em minha vida. Eu me cabia em suas palavras. Não em seus poemas, mas só nessas duas palavras...”fósforos frios”. Enquanto isso, o meu resto ainda continuava –em paz- em silêncio.
E como quis ter fogo. Como quis ‘ser’ fogo. E formar um fogaréu daqueles...Abrasar todo e inteiro. Quis ter vida e dar vida ao meu fósforo.
Lembro-me de até ter entregue um fósforo, detre outras cartas, letras de músicas e tantos mais, àquela que me forjou a dor. Mas isso não vem ao caso.
Quero só representar pelas letras, o que senti e sinto em alguns ‘dias de chuva, déias de sol...’ E o que eu sinto eu não sei dizer...
Repito, não consigo pensar.
Pensar é estar doente dos olhos.
Não tenho festa, não tenho minas, a festa acabou e minas não há mais.
Um silêncio triunfante tenta me sucumbir e consegue. E não há música nenhuma que possa me fazer bem. De todos os meus discos nenhum cantará minha canção, de todos os meus livros, nenhum contará minha história. Essa paz que incomoda, são poucos que sente. E quando sentem, querem um chacoalhão, querem um convite pra um carrossel, querem brincar de rouba bandeiras, querem uma mísera que seja provocação. Mas, não! Só tenho moscas em casas.
E um quarto do tamanho que não sei medir.
Meu primeiro contato com Fernando Pessoa, foi com um livro que ganhei um tempo atrás. E o que mais me comoveu foi o emprego do termos ‘fósforo frio’. Veja eu, homem feito, desfazendo-me por me perceber como um ‘fósforo frio’. Na época, não me senti tão sozinho no mundo. Ou no cosmos. Aliás, foi aí que descobri o que era ‘cosmos’, antes era tudo ‘cáos’. Ao ler o Pessoa, uma possível simetria entrou em minha vida. Eu me cabia em suas palavras. Não em seus poemas, mas só nessas duas palavras...”fósforos frios”. Enquanto isso, o meu resto ainda continuava –em paz- em silêncio.
E como quis ter fogo. Como quis ‘ser’ fogo. E formar um fogaréu daqueles...Abrasar todo e inteiro. Quis ter vida e dar vida ao meu fósforo.
Lembro-me de até ter entregue um fósforo, detre outras cartas, letras de músicas e tantos mais, àquela que me forjou a dor. Mas isso não vem ao caso.
Quero só representar pelas letras, o que senti e sinto em alguns ‘dias de chuva, déias de sol...’ E o que eu sinto eu não sei dizer...
Repito, não consigo pensar.
Pensar é estar doente dos olhos.
Um comentário:
Fábio...
”fósforos frios”. Enquanto isso, o meu resto ainda continuava –em paz- em silêncio.
E como quis ter fogo. Como quis ‘ser’ fogo. E formar um fogaréu daqueles...Abrasar todo e inteiro. Quis ter vida e dar vida ao meu fósforo.
Lembro-me de até ter entregue um fósforo, detre outras cartas, letras de músicas e tantos mais"...
Lindo,lindo tudo o que vc escreveu,sempre estou aqui "te lendo",procurando palavras suas.
Palavras doces ou ásperas.Que importa?
Importa que me identifico com tuas palavras,tua docilidade,tua aspereza.Importa que tantas palavras tuas me fazem lembrar meu eu.
Parabéns, é lindo tudo que escreve.
Beijo de minh'alma em tu'alma.
Angela.
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